Vacina contra a dengue (QDENGA)

A vacina contra a dengue (QDENGA), que teve uma eficácia média comprovada de 80%, está liberada na faixa etária de 4 a 60 anos. A vacina é contraindicada para gestantes, lactantes e imunossuprimidos. Além disso, quem teve infecção recente deve aguardar 6 meses para se vacinar.

 A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti e como apresenta 4 sorotipos (4 tipos “diferentes"de dengue), apesar do corpo produzir imunidade após a infecção, essa imunidade não é cruzada, ou seja, não se estende a todos os tipos. Há maior risco de sintomas graves quando acontecem infecções repetidas, podendo levar à dengue hemorrágica. 

A infecção pode ser assintomática, entretanto, os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares e nas articulações, náuseas e manchas na pele. Não há tratamento específico, apenas sintomático, baseado principalmente na hidratação.

As principais medidas de prevenção são o controle dos mosquitos transmissores e atualmente, a vacina QDENGA,  que é feita a partir do vírus vivo atenuado, e tetravalente, pois contempla os 4 sorotipos.

Os principais efeitos colaterais da vacina são dor no local da aplicação, dor de cabeça e muscular, fraqueza e febre.  

A vacina deve ser aplicada em duas doses com intervalo de 3 meses e, além de estar disponível em clínicas particulares, será oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde)  a partir de fevereiro de 2024. 

A disponibilização da vacina pelo Programa Nacional de Imunizações será feita aos poucos, começando por municípios com mais casos, em 16 estados. Será iniciada para crianças entre 10 e 14 anos e São Paulo ainda não está na lista inicial. Uma lista com os municípios contemplados está disponível no site https://www.gov.br/saude.

Para os pacientes que não podem receber a vacina, recomenda-se o uso de repelentes e roupas claras de mangas compridas, que ajudam na prevenção.